Além de trazer mais lucro para as empresas, diminuindo gastos com eletricidade e manutenções, pensar na eficiência energética é fundamental para preservar os recursos ambientais, o que permite à tecnologia continuar avançando.
Neste texto, discutiremos a importância da eficiência energética na indústria 4.0 e no geral e como o Brasil tem se portado perante o tema. Quer saber mais? Então, veja todas as informações que preparamos para você!
Por que deve-se falar em eficiência energética?
Ultrapassando o terreno da indústria 4.0, a ideia de eficiência energética é um dos temas que ganharam força e evidência nos últimos tempos. Além de aumentar os custos das empresas, a energia consome recursos de petróleo, gás, biomassa etc.
Em vários casos, os recursos não são renováveis, como os derivados do petróleo. Mesmo quando são, como o caso da geração hidráulica, é necessário que eles sejam bem aplicados. Caso contrário, diversos problemas ambientais podem surgir.
Como toda sociedade precisa de energia para a sobrevivência, os recurso devem ser geridos da melhor forma possível. Porém, as tendências são alarmantes, já que o consumo não para de crescer.
Nesse cenário, é fundamental pensar em formas para aumentar a geração, mas, para que as condições ambientais sejam mantidas, devem existir, também, maneiras para que o consumo seja reduzido. Caso contrário, em algum momento, a demanda pelo consumo poderá não ser suprida.
Pensando economicamente, também é mais barato investir em eficiência energética do que conseguir novos meios de geração. Nesse sentido, a indústria 4.0 tem trazido várias colaborações. Entenda mais agora.
Por que a indústria 4.0 representa ganho em eficiência para as empresas?
O que proporciona eficiência para as empresas na indústria 4.0 é o conjunto de tecnologias digitais que possibilitam a otimização dos processos, fazendo com que menos energia seja necessária para a realização das etapas, o que torna o processo de decisão mais simples e inteligente. Com isso, custos são reduzidos.
De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa de redução de custos industriais com a migração para a indústria 4.0 é de, ao menos, R$ 73 bilhões anuais. Disso, R$ 7 bilhões se referem à economia de energia, enquanto outros R$ 34 bilhões estão ligados aos custos de manutenção das máquinas.
Ou seja, as soluções encontradas fazem com a empresa alcance maior maturidade, uma vez que tem mais condições de realizar automações que também monitoram e diagnosticam o comportamento tanto da própria instituição quanto dos consumidores.
Com tudo isso, é possível ter uma gestão de energia mais eficiente para trabalhar apenas com a carga de trabalho necessária e descobrir quando um aparelho precisa ser trocado ou receber manutenção.
Com tudo isso, podemos entender que a eficiência energética está entre um dos principais pilares da indústria 4.0, diminuindo o desperdício que acontece tanto com a perda de calor quanto com a iluminação ineficiente, insuficiente ou até mesmo desperdiçada.
Para resolver isso, é possível instalar sensores em máquinas e utilizar a internet das coisas (IoT) para identificar quais são os locais que apresentam maiores desvios no consumo, evitando que haja desperdício de energia.
Como melhorar a eficiência energética na indústria?
Como você viu, a indústria 4.0 promete. Ainda assim, já é possível ter excelentes resultados e melhorar a eficiência energética na sua indústria agora. Confira algumas formas!
Preocupação com a manutenção adequada dos motores
A indústria deve escolher uma empresa de qualidade para fazer os reparos nos motores, já que qualquer detalhe na manutenção é importante. É preciso ter cuidado com as peças mecânicas, utilizando condutores e isolantes de qualidade.
Além disso, as chapas do núcleo devem ser tratadas com cuidado, para que não sejam danificadas, e a temperatura precisa ser corretamente controlada na secagem. Quando as chapas do núcleo são danificadas, é possível que o motor perca seu rendimento em até 5%.
Substituição de modelos antigos de motores
Os modelos antigos tinham rendimento próximo aos 88%. Entretanto, desde 2019, é necessário que o índice obedeça ao rendimento IR3, fazendo com que o ganho possa chegar a 6%, em comparação com os mais antigos.
Dimensionamento correto do motor
Com o dimensionamento correto do motor, é possível trabalhar em uma faixa de carregamento que é mais eficiente, operando entre 70% e 100%. Quando abaixo dessa faixa, o rendimento do motor e o fator de potência tendem a ficar prejudicados.
Utilização de Variadores de Frequência (VFD)
Com o VFD, é possível dosar o motor para usar apenas a energia que é necessária para que o trabalho seja executado. Dessa maneira, evitam-se os desperdícios e faz-se com que a velocidade ideal do processo seja alcançada.
Uso de automação para monitoramento
Usar automação para monitorar as condições do processo, de forma conjunta ao VFD, é importante. No caso de uso de aplicações com ventiladores, bombas, esteiras, exaustores e torres de resfriamento, é possível diminuir a velocidade de rotação para economizar energia, se a exigência do processo não pedir que o motor esteja em plena velocidade.
Utilização do inversor de frequências
Com o inversor de frequências, a empresa pode ter vários benefícios, principalmente quando conta com sistemas de automação industrial. Com ele, é possível reduzir o consumo de energia, aumentar a vida útil das máquinas e trazer mais segurança para os processos industriais.
Como o Brasil tem se comportado?
Se, por um lado, há muito para ser alcançado quanto à eficiência energética, a verdade é que o país já avançou em alguns sentidos. Para começar, a matriz energética deixou de ser tão dependente dos recursos hídricos, o que fazia com que os momentos de seca se transformassem em grande preocupação.
Atualmente, há maior diversificação das fontes. Para se ter uma ideia, a produção de energia solar já ultrapassou a nuclear e a eólica, correspondendo a mais de 9% do total.
Como você pôde ver, a eficiência energética na indústria é fundamental para o progresso das operações e para a preservação do meio ambiente. Então, as empresas precisam pensar em maneiras mais eficientes para operar. Dessa maneira, além de conseguir diminuir os custos e aumentar a produtividade, será possível colaborar com a questão ambiental, garantindo acesso aos recursos no futuro.
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