Conexão: ato ou efeito de conectar, de ligar, de unir; ligação, união. Aquilo que conecta, liga ou une. Relação lógica entre ideias ou fatos; coerência, nexo.
Nos últimos anos, dizer que você está conectado ou que uma empresa precisa ter uma conectividade adequada para as novas tendências da era digital, se tornou um jargão quase que recorrente no vocabulário de muitos profissionais.
No caso das indústrias, a conectividade na indústria 4.0 influenciam diretamente a integração vertical e horizontal dos mais variados níveis de uma empresa.
Em se tratando da linha de produção, ou mais conhecida como “chão de fábrica”, a correta integração dos equipamentos e maquinários é o que proporcionará impactos positivos para as empresas, dentre eles ganho de produtividade e redução no tempo de inatividade das máquinas.
Essa integração inteligente deve ser realizada através implantação da conectividade industrial.
Como iniciar implantação da conectividade industrial
Para se adequarem às tendências da conectividade na indústria 4.0, as empresas brasileiras têm investido substancialmente em novas tecnologias de infraestrutura de cabeamento de redes.
E para poder utilizar tais tecnologias, e finalmente implementar a conectividade industrial, o pontapé inicial tem sido feito por meio mapeamento das condições do ambiente fabril, utilizando o conceito MICE (Mechanical, Ingress, Chemical/Climatic, Eletromagnetic).
Recomendado pelas principais normas nacionais e internacionais de cabeamento estruturado industrial, o conceito MICE é um verdadeiro Guia para projetos de infraestrutura de redes em ambientes fabris, pois é através do seu mapeamento que serão indicados os níveis de criticidade de determinado ambiente, ajudando assim a nortear o projeto de cabeamento estruturado da indústria.
Principais razões para utilizar o conceito MICE na implantação do cabeamento estruturado industrial
O conceito MICE estabelece um processo sistemático para a descrição das condições ambientais, com base em três níveis de exigência: Nível 1 (BAIXO), Nível 2 (MÉDIO) e Nível 3 (ALTO).
Os parâmetros que caracterizam o grau de exigência ambiental (EN 50173-1) são:
M – Propriedades mecânicas;
I – Propriedades relativas ao ingresso ou penetração de corpos sólidos ou de líquidos;
C – Propriedades climáticas e comportamento perante agentes químicos;
E – Propriedades eletromagnéticas.
Uma vez realizado o mapeamento do ambiente fabril, de acordos com os parâmetros acima citados, será possível identificar, mensurar e classificar os níveis de criticidade das condições ambientais do “chão de fábrica” avaliado.
Vamos imaginar que os resultados apresentados pelo MICE realizado, em determinada fábrica, apontaram Nível 3 (Alto) de condições ambientais. Neste caso, a infraestrutura de rede precisará ser mais robusta, capaz de suportar vibrações, lavagens com jatos d´água, limpeza com produtos químicos, interferência eletromagnética, altas temperaturas, exposição a óleo, entre outros.
O que diz a Norma Brasileira para cabeamento estruturado em ambientes fabris
Com o crescimento de projetos de cabeamento estruturado em ambientes fabris, normas específicas foram criadas, dentre elas: ANSI/TIA1005, ISO/IEC 11801-3 e ABNT NBR 16521:2016, esta última – Norma Brasileira para Cabeamento Estruturado Industrial – reconhece o benefício do cabeamento estruturado para interconectar várias partes de equipamentos em instalações industriais ou áreas industriais e outros tipos de instalações (dentro e entre edifícios).
Os principais tópicos que ABNT NBR 16521:2016 especifica, para elementos funcionais e interfaces para o cabeamento estruturado, são:
- Cabeamento de chão de fábrica;
- Distribuidor intermediário (ID – Intermediate Distributor);
- Cabeamento intermediário;
- Tomada de telecomunicações (TO – Telecommunications Outlet);
- Interface de Rede (NI – Network Interface).
- a) um sistema de cabeamento estruturado independente de aplicações e de fornecedores e com cabos e hardware de conexão padronizados;
- b) requisitos para infraestruturas que suportam automação crítica, controle de processos e aplicações de monitoramento em uma variedade de ambientes industriais;
- c) um sistema de cabeamento flexível, de maneira que modificações sejam fáceis e economicamente viáveis;
- d) diretrizes sobre o cabeamento estruturado para profissionais de construção, produção e controle;
- e) aplicação e uso além dos requisitos das áreas industriais;
- f) um sistema de cabeamento capaz de suportar aplicações atuais e que serve como base para desenvolvimentos futuros de produtos, bem como padrões de novas aplicações.
Se a infraestrutura de rede funciona, a conectividade industrial surpreende
Uma vez que existe uma normalização que especifica o que deve ser considerado para a conectividade adequada no chão de fábrica, encontrar o fornecedor ideal, que apresente as melhores soluções em projetos e produtos para atender tantos requisitos, se torna primordial na implantação do cabeamento estruturado de uma indústria.
Como citamos anteriormente, caso a indústria apresente alto nível de criticidade do ambiente detectado pelo mapeamento MICE, algumas recomendações são relevantes para garantir o excelente funcionamento da conectividade do chão de fábrica. Dentre elas, estão:
- Fibra Óptica – suporta condições ambientais de alta criticidade de ambientes fabris, preparando o ambiente para futuras tecnologias; e oferecendo alto grau de segurança dos dados transmitidos.
- Redes LAN baseadas no padrão Ethernet – permite melhor integração entre o chão de fábrica e os sistemas corporativos, possibilitando o monitoramento e o controle dos dados de produção em tempo real. Possibilita ainda, excelente conectividade para os equipamentos da Indústria 4.0, como robôs autônomos e colaborativos.
Em parceria com a Furukawa Electric Latam, a Dimensional DATACOM oferece as melhores opções em infraestrutura para ambientes fabris, dentre elas a solução em fibra óptica Laserway Furukawa, que inclui um vasto portfólio de produtos com classificação industrial, desenvolvidos especificamente para aplicações em ambientes críticos.
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